quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Principais mitos e fatos sobre o parto


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Quando uma mulher expõe sua decisão por ganhar seu filho de parto normal, ela passa a ouvir uma série de recomendações, alertas de perigo, que chegam pelas mais diversas fontes. Amigos, parentes e muitos médicos disseminam mitos e tabus que influenciam as mães a optarem pela cesariana, mesmo quando não é necessária.
Falta de dilatação, pouco líquido, bacia estreita, cordão enrolado, parto demorado... Argumentos não faltam para que a gestante não se sinta capaz de dar conta de um processo fisiológico natural, realizado com eficiência pelas fêmeas de diferentes espécies.
Para esclarecer as mulheres e ajudar a desmitificar os “riscos” que as cercam quando o parto se aproxima, a educadora perinatal e doula Ana Cristina Duarte listou algumas dicas, que vamos compartilhar com você abaixo.
Falta de dilatação
Mito: Muitas mulheres hoje em dia dizem que não conseguiram ter um parto porque tiveram falta de dilatação.
Fato: Tecnicamente não existe falta de dilatação em mulheres normais. Ela só não acontece quando o médico não espera o tempo suficiente. A dilatação do colo do útero é um processo passivo que só acontece com as contrações uterinas.
Bacia estreita
Mito: Uma mulher com bacia estreita não teria espaço para a passagem do bebê.
Fato: Existem situações não muito comuns em que um bebê é grande demais para a bacia da mulher, ou então está numa posição que não permite seu encaixe. Não mais que 5% dos partos estariam sujeitos a essa condição. Além disso, tecnicamente é impossível saber se o bebê não vai passar enquanto o trabalho de parto não acontecer, a dilatação chegar ao máximo e o bebê não se encaixar.
Parto seco
Mito: Um parto depois que a bolsa rompeu seria uma tortura de tão doloroso.
Fato: A verdade é que depois que a bolsa rompe o líquido amniótico continua a ser produzido, e a cabeça do bebê faz um efeito de "fechar" a saída, de modo que o líquido continua se acumulando no útero. Além disso o colo do útero produz muco continuamente que serve como um lubrificante natural para o parto.
Parto demorado
Mito: Um bebê estaria correndo riscos porque o parto foi/está sendo demorado.
Fato: Na verdade o parto nunca é rápido demais ou demorado demais enquanto mãe e bebê estiverem bem, com boas condições vitais, o que é verificado durante o trabalho de parto. Um parto pode demorar uma hora como pode levar três dias, o mais importante é um bom atendimento por parte da equipe de saúde. O que dá à equipe as pistas sobre o bebê são os batimentos cardíacos. Enquanto eles estiverem num padrão tranquilizador, então o parto está no tempo certo para aquela mulher.
Bebê passou da hora
Mito: O bebê teria como uma "data de validade" após a qual ele ficaria doente.
Fato: Os bebês costumam nascer com idades gestacionais entre 37 e 42 semanas. Mesmo depois das 42 semanas, se forem feitos todos os exames que comprovem o bem estar fetal, não há motivos para preocupação. O importante é o bom pré-natal. Caso os exames apontem para uma diminuição da vitalidade, a indução do parto pode ser uma ótima alternativa.
Cordão enrolado
Mito: A explicação é de que o bebê iria se enforcar no cordão umbilical.
Fato: O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina elástica, que dá a ele a capacidade de se adaptar a diferentes formas. O oxigênio vem para o bebê através do cordão direto para a corrente sanguínea. Assim, o bebê dificilmente irá sufocar.
Não entrou em trabalho de parto
Mito: A explicação é que o médico fez exame de toque com 38/39 semanas e diz que a mulher não vai ter parto porque não tem dilatação nenhuma no final da gravidez.
Fato: Tecnicamente uma mulher pode chegar a 42 semanas sem qualquer sinal, sem dilatação, sem contrações fortes, sem perder o tampão e de uma hora para outra entrar em trabalho de parto e dilatar tudo o que é necessário. É impossível predizer como vai ser o parto por exames de toque durante a gravidez.
Placenta envelhecida
Mito: A placenta ficaria tão envelhecida que não funcionaria mais e colocaria em risco a vida do bebê.
Fato: O exame de ultra-som não consegue avaliar exatamente a qualidade da placenta. A qualidade da placenta isoladamente não tem qualquer significado. Ela só tem significado em conjunto com outros diagnósticos, como a ausência de crescimento do bebê, por exemplo. A maioria das mulheres têm um "envelhecimento" normal e saudável de sua placenta no final da gravidez. Só será considerado anormal uma placenta com envelhecimento precoce, por exemplo, com 30 semanas de gravidez.

Fontes: O Renascimento do Parto - www.orenascimentodoparto.com.br, educadora perinatal e doula Ana Cristina Duarte, Rede Parto do Princípio – www.partodoprincipio.com.br, Grupo de Apoio à Maternidade Ativa –www.maternidadeativa.com.br, livro "A doula no parto", de Fadynha.

Fonte: http://portoalegre.nossobemestar.com/posts/79-conheca-os-principais-mitos-e-fatos-sobre-o-parto
Acesso em: 12/02/2014

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