terça-feira, 17 de junho de 2014

Por que mulheres ainda morrem nos partos em pleno século 21?

O número assusta: são cerca de mil mulheres que morrem no mundo, todos os dias, por causa de complicações na gravidez e no parto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que também noticiou que, apesar de tudo, a mortalidade materna vem registrando redução de 45% desde 1990.
Em 2013, foram 289 mil óbitos contra 523 mil em 1990. Por um lado, a regressão é um alívio. Por outro, em pleno século 21, com tanta informação e tecnologia, as cifras ainda surpreendem e são um alerta para quem atua na área.
Quase todas as mortes acontecem em países em desenvolvimento, sendo que um terço do total está dividido entra a Índia (50 mil) e a Nigéria (40 mil).
Ou seja, a pobreza, a falta de investimentos em Saúde, a ausência de políticas de prevenção, nessas nações, são os principais responsáveis pelo alto número de mães que morrem durante a gestação ou o parto.
Um estudo da agência da ONU para a Saúde, publicado na revista The Lancet Global Health, revelou que uma em cada quatro mortes são ocasionadas por complicações de problemas preexistentes, como diabetes, HIV, malária ou obesidade.
Um quarto das mortes deve-se a hemorragia severa. Outras causas identificadas são: hipertensão induzida pela gravidez (14%), infeções (11%), obstruções e outras complicações no parto (9%), complicações relacionadas com o aborto (8%) e coágulos sanguíneos (3%).
No Brasil, cerca de 800 gestantes morrem todos os anos. O índice de mortalidade materna aqui tem tido uma tímida diminuição, apesar das iniciativas do governo brasileiro com a criação de programas e políticas públicas, e permanecem acima do que é considerado aceitável pela a OMS (entre 10 e 20 mortes maternas/100.000 nascidos vivos).
O pior de tudo é que, segundo especialistas, os óbitos seriam evitados em 90% dos casos. Estudos revelam, também, a marginalização de mulheres por meio das desigualdades de classe social, gênero, raça/etnia e geração, que se articulam, penalizando as mais jovens, pobres, negras, as pouco escolarizadas, residentes nos bairros periféricos das cidades, sem acesso aos bens e serviços e à Saúde, como mostra o site Ciência e Cultura.

FONTE: http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/por-que-mulheres-ainda-morrem-nos-partos-em-pleno-seculo-21/

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